Não vou mentir. Lembro dos bons tempos, do seu cabelo recém-lavado e cheirando a algo chamado frutas silvestres, das pequenas sardinhas que você tem no nariz, do seu andar nervoso, do teu olho esquerdo menor que o direito, da tua cara lavada. Oh, imprudente naturalidade. Grande sacudida que a vida me deu, e como vento você veio escancarando o meu peito sem delicadeza, abrindo o meu coração sem medo de rasgar. 

Eu acredito que desatenções cruéis, atitudes insípidas não caminham juntos com o amor. É que eu, entendi que o meu acerto, foi um erro. Que os nossos beijos, se tornou um choro. Lá vai o medo, fechei os olhos e finalmente entendi que não tenho vocação para amar sozinho.


Enquanto o meu sangue ainda é jovem, decidir que vou te esquecer e te colocar em uma vírgula errada no meio de um momento. Pensei que podia dar certo, mas olha, você nunca nem percebeu a minha chegada. Vai levar um tempo, um bom tempo, mas nunca é tão tarde. E a vida continua passando, não vamos nos render. Acredito, sim, em amores para toda a vida, mas no seu caso, acredito no “um-dia-muda”, e quer saber? Muda nada. E não importa o quão difíceis sejam os meus dias sem você, disseram-me que o tempo que desliza é rápido. Talvez por isso continuo com o meu coração na boca, cabeça erguida, sem medo de me perder nesse precipício de emoções. Aposto que é uma droga estar no seu lugar agora. Então, a
mor, ainda te restam dúvidas de que eu sou bom demais para você?

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Daniel Bruno ou @dbdanielbruno é apaixonado por chuva, moda, chás e palavras. Tem 17 anos, cursa o ensino médio e escreve num blog chamado "Pirei de Vez".

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