O cara era bicho solto e adorava ouvir rock no ultimo volume, irritava a sua mãe.
Esse cara nunca tinha sono antes das 23 horas, e por isso evitava doses fortes de café. O cara era tão azarado que se formou em dois cursos diferentes, mas o único emprego que conseguiu foi como assistente administrativo em um supermercado. Ele era calmo e tinha um humor seco, era munido de sonhos – é que a gente fica seco quando os sonhos não são regados.
Ele tinha 27 e queria uma independência financeira, não se incomodava mas precisava cortar os laços familiares, sair da casa dos pais, construir seu próprio império. O cara decidiu que só se relacionaria com uma mulher que possuísse as seguintes características:
ela deveria gostar de Nietzche e odiar moda e suas vertentes consumistas; ela deveria ter um poodle chamado Boby e um gato chamado John; ele só queria uma mulher que gostasse de filmes de ação, que torcesse pro São Paulo e que fizesse um ovo frito sequinho (ele odiava gema mole).
Ocorre que ele já imaginava que essa moça não existia, até que um sábado a tarde uma jovem morena entra no supermercado a procura de uma massa de bolo pronto de milho verde.
O amor foi à primeira vista (da parte dele), mas ele não quis se precipitar. Ele fez das tripas coração para conseguir a tal massa de bolo pronto que a moça tanto queria. Nesse meio tempo eles conversaram sobre o tempo, as eleições vindouras e sobre moda, assunto este que desagradava os dois (ele porque achava assunto de mulher fresca, ela porque não tinha o mínimo interesse em ter estilo).
Não precisou ela ter um cachorro chamado Boby e um gato chamado Jonh, primeiro pq ela tinha alergia a pêlo de gato, segundo porque odiava cachorros, achava que eles eram bobos ou transparentes demais.
O tal rapaz ficou sem jeito de lhe pedir o numero de telefone e antes que a garota colocasse os pés para fora do estabelecimento ele segurou em seu braço e presenteou-a com um beijo. O cara sabia que aquele beijo lhe custaria o emprego, seu patrão odiava demonstrações de afeto entre funcionários, que dirá.
A moça, que estava bastante comovida com a situação, respondeu-lhe o beijo.
Hoje a moça e o cara tem filhos, ele com 35, ela com 32. O cara perdeu o emprego mesmo, mas finalmente tinha o amor. Se ela fazia um ovo frito sequinho? Não, mas ela o fazia feliz.
Esse cara nunca tinha sono antes das 23 horas, e por isso evitava doses fortes de café. O cara era tão azarado que se formou em dois cursos diferentes, mas o único emprego que conseguiu foi como assistente administrativo em um supermercado. Ele era calmo e tinha um humor seco, era munido de sonhos – é que a gente fica seco quando os sonhos não são regados.
Ele tinha 27 e queria uma independência financeira, não se incomodava mas precisava cortar os laços familiares, sair da casa dos pais, construir seu próprio império. O cara decidiu que só se relacionaria com uma mulher que possuísse as seguintes características:
ela deveria gostar de Nietzche e odiar moda e suas vertentes consumistas; ela deveria ter um poodle chamado Boby e um gato chamado John; ele só queria uma mulher que gostasse de filmes de ação, que torcesse pro São Paulo e que fizesse um ovo frito sequinho (ele odiava gema mole).
Ocorre que ele já imaginava que essa moça não existia, até que um sábado a tarde uma jovem morena entra no supermercado a procura de uma massa de bolo pronto de milho verde.
O amor foi à primeira vista (da parte dele), mas ele não quis se precipitar. Ele fez das tripas coração para conseguir a tal massa de bolo pronto que a moça tanto queria. Nesse meio tempo eles conversaram sobre o tempo, as eleições vindouras e sobre moda, assunto este que desagradava os dois (ele porque achava assunto de mulher fresca, ela porque não tinha o mínimo interesse em ter estilo).
Não precisou ela ter um cachorro chamado Boby e um gato chamado Jonh, primeiro pq ela tinha alergia a pêlo de gato, segundo porque odiava cachorros, achava que eles eram bobos ou transparentes demais.
O tal rapaz ficou sem jeito de lhe pedir o numero de telefone e antes que a garota colocasse os pés para fora do estabelecimento ele segurou em seu braço e presenteou-a com um beijo. O cara sabia que aquele beijo lhe custaria o emprego, seu patrão odiava demonstrações de afeto entre funcionários, que dirá.
A moça, que estava bastante comovida com a situação, respondeu-lhe o beijo.
Hoje a moça e o cara tem filhos, ele com 35, ela com 32. O cara perdeu o emprego mesmo, mas finalmente tinha o amor. Se ela fazia um ovo frito sequinho? Não, mas ela o fazia feliz.
Marcadores:Geral,Post Pessoal
Assinar:
Postar comentários
(Atom)
Novidades
Arquivo do blog
Yuri Moreira Design. Tecnologia do Blogger.
0 comentários:
Postar um comentário