E aí gente, tudo bem?

No post da semana passada, eu comecei falando um pouco de mim, mas esqueci de colocar um ponto importante - e também meio óbvio, já que estamos no blog -: tenho paixão por escrever. Sou escritora de boteco, daquelas que divagam sobre qualquer coisa que surja em frente aos olhos. Vou deixar vocês com uma crônica hoje.



Ele a guardava como um segredo. Ela chegara como chegam todas as coisas realmente importantes da vida - inesperada e repentinamente. Dois meses depois, ele pensaria não fazer ideia de como ela entrara em sua rotina, mas isso não seria verdade - a gente sempre sabe. Há sempre um momento marcante, um acaso ou conversa ou sorriso, antes que alguém passe a habitar nossas fantasias.

O deles aconteceu em café. Ele pediu um capuccino. Ela pediu um expresso. Os pedidos vieram trocados e eles trocaram olhares meio acanhados pela confusão. Ele acanhado. Ela com os mesmos olhos cor de jabuticaba que mais tarde ele pensaria não terem fundo. Talvez não tivessem. Talvez ela fosse profunda demais para coisas supérfluas como fundos. Ou trocas de pedidos de café.

As pessoas diziam que aquela menina vivia no mundo da lua, mas a verdade era que a lua era muito mais bonita que a terra. A lua guarda segredos e ela era toda sobre mistérios e poesias e violão a meia noite. Ele gostava de saber esses detalhes - coisas como o modo que ela franzia a testa quando estava com ciúmes, que gostava de chocolate quente com conhaque e a variação de tons dos olhos de acordo com a luz do sol.

Ele a via como as músicas que ela dedilhava - suave e fluida como versos. Ele não estava apaixonado. Ainda não - mas poderia.

Arquivo do blog

Yuri Moreira Design. Tecnologia do Blogger.

Eu curto o Blog

Estamos em todo canto

Seguidores

Espiando o blog

Procure aqui