Eu nasci meio que como uma homenagem. Segundo a minha mãe, a minha bisavó Mariana morreu no mesmo dia do meu nascimento. Como sou fruto de uma família muito supersticiosa, deduziu-se que eu era a reencarnação da bisa, e isso fez com que o meu nome também fosse Mariana.


A verdade é como uma pedra jogada inesperadamente em sua cabeça. Dói sim, mas existe, pois não é uma trama imaginária. A pedra está ali: dura, caída, enraivecida, te olhando insistentemente. A pedra existe, e por mais que você a ignore, ela continuará existindo. E, hora ou outra, você terá que lidar com aquela pedra.
Foi assim quando me contaram sobre o significado do meu nome. O caso é que isso não me assustou. E se a verdade é como uma pedra, peguei essa pedra e customizei, usei como peso de papel em meu quarto e aprendi a amá-la.
Sobre o meu nome, eu gosto. Tá tão na moda ser bipolar que eu acabei achando praticidade em se chamar Mariana. Tem dias que eu acordo muito Mari, extrovertida, querendo cantar e gravar clipe imaginários no trajeto escola - casa. Já outros dias eu acordava meio Ana, isolada, presa nas músicas dos anos 80, cheia de vontade de tomar duas doses de café forte, sem açúcar.


A vida tem esses trocadilhos, facilidade, dificuldades e vícios. E sim, descobri meu vício por café aos 15.
Foi aos 15 que eu também beijei de língua, aprendi que batom vermelho e olho super black fica a cara da 'putice' e que os meninos vão sempre estar mais interessados no seu corpo que em sua mente.
Mas de tudo que me marcou o café foi o único que permaneceu até hoje, ao pico dos meus 17 anos.
O café me acompanha tanto que me pergunto: existirá no mundo alguém tão compreensível, meigo e relevante quanto o café?


E essa era a minha dificuldade com homens, eu sempre comparava eles com uma bela xícara de café. Previsivelmente o café vencia sem muito esforço e daí eu deixava pra lá.
O fato é que eu penso que jamais conseguirei achar alguém que seja tão completo quanto o café (chegam, no máximo, perto de ser um chá mate e olhe lá), esse é o meu lado Ana opinando, obviamente.
O meu lado Mari já acha todo e qualquer homem um suposto romance em potencial. Sabe como é né? O amor de tua vida pode ser só alguém na fila do pão ou o cara da cafeteria.
Se for o cara da cafeteria, talvez isso satisfaça os meus dois lados da vida. Mari e Ana agradecem caso esse seja o desfecho amoroso.




                                Laryssa Carvalho adora criar personagens que são
                                                               tão noiadas quanto a Mariana.

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