Esse é mais um daqueles posts onde eu reclamo de como a vida consegue ser ainda mais sacana do que imaginaríamos de que ela pudesse realmente ser.
Segundo o dicionário online de português a ironia se caracteriza por:
Retórica. Figura de linguagem através da qual se expressa exatamente o oposto daquilo que se diz; utilização de uma expressão, vocábulo ou frase de significação contrário ao que supostamente deveria ser expresso, usado para caracterizar ou nomear alguma coisa: a ironia valoriza certos discursos.
Retórica. Figura de linguagem através da qual se expressa exatamente o oposto daquilo que se diz; utilização de uma expressão, vocábulo ou frase de significação contrário ao que supostamente deveria ser expresso, usado para caracterizar ou nomear alguma coisa: a ironia valoriza certos discursos.
Literatura. A utilização dessa figura com o objetivo de produzir ou salientar alguns aspectos de caráter humorístico.
Emprego ou utilização de palavras que denotam sarcasmo; todo comentário de teor sarcástico.
Figurado. Discrepância ou contradição caracterizada pelo sarcasmo ou zombaria; circunstância ou evento em que há zombaria: a ironia desta situação.
(Etm. do grego: eironeia.as, pelo latim: ironia.ae)
Daí eu me peguei lembrando do dia em que tive que fazer uma prova final na faculdade.
Eu estava na casa da minha mãe e minha universidade ficava em outra cidade, então resolvi que pegaria o ônibus umas 5 da manhã, chegaria as 6 e alguma coisa e faria a prova as 8, como planejado.
Ocorre que acordei as 3 da manhã e arrumei minha 'pequena' mochila, fui rumo a rodoviária e sabia que tudo daria certo, afinal estava indo com antecedência (sim, já fui pontual um dia).
Chegando no guichê descubro que os ônibus estavam em greve.
Então o que fazer? Sentei na escadaria (tão familiar agora) e esperei, esperei, esperei...
O irônico é que nessas horas que você deseja que o tempo passe, ele ironicamente pausa.
E lá estava eu, congelada numa cena escrita talvez pelo Tim Burton e dirigida pelo Guillermo del Toro.
Pensei em mil e um planos impossíveis: pegar uma carona, ligar para um (des)conhecido, sair sem rumo a procura de um motoboy que se sujeitasse a andar 547893 km, fazer um tipo de teletransporte.
O fato é que nada disso funcionou, todas as minhas 'saídas' estavam fechadas.
Concluí que a melhor coisa a se fazer era ir para casa, dormir e fazer uma prova de final nos meus sonhos (lê-se pesadelos).
Eu estava na casa da minha mãe e minha universidade ficava em outra cidade, então resolvi que pegaria o ônibus umas 5 da manhã, chegaria as 6 e alguma coisa e faria a prova as 8, como planejado.
Ocorre que acordei as 3 da manhã e arrumei minha 'pequena' mochila, fui rumo a rodoviária e sabia que tudo daria certo, afinal estava indo com antecedência (sim, já fui pontual um dia).
Chegando no guichê descubro que os ônibus estavam em greve.
Então o que fazer? Sentei na escadaria (tão familiar agora) e esperei, esperei, esperei...
O irônico é que nessas horas que você deseja que o tempo passe, ele ironicamente pausa.
E lá estava eu, congelada numa cena escrita talvez pelo Tim Burton e dirigida pelo Guillermo del Toro.
Pensei em mil e um planos impossíveis: pegar uma carona, ligar para um (des)conhecido, sair sem rumo a procura de um motoboy que se sujeitasse a andar 547893 km, fazer um tipo de teletransporte.
O fato é que nada disso funcionou, todas as minhas 'saídas' estavam fechadas.
Concluí que a melhor coisa a se fazer era ir para casa, dormir e fazer uma prova de final nos meus sonhos (
Posteriormente enviei um email para o professor e ele entendeu a paralisação, liberando para que eu fizesse a prova no dia seguinte, já que outros alunos haviam passado pela mesma situação.
(O detalhe básico é que essa paralisação acabou as 9 da manhã daquele mesmo dia)
(O detalhe básico é que essa paralisação acabou as 9 da manhã daquele mesmo dia)
No outro dia fiz o mesmo processo que havia feito no dia anterior, que pelos meus cálculos permitiriam que eu fizesse a prova de final as 8.
Era como se um escritor criativo tivesse acompanhando e dirigindo a minha trajetória.
Meu irmão foi me levar na rodoviária as 4 da manhã. Pegamos uma chuva tão pesada que ao chegar na escadaria da rodoviária eu tirei meu tênis e não sabia se havia mais água dentro dele ou na calçada (não há doses se exagero nesse fragmento).Entrei no ônibus tão encharcada que nenhum dos passageiros quis se sentar ao meu lado.
Era uma típica cena de comédia norte-americana: eu, descabelada, encharcada, delineador borrado (claro que não saio de casa sem delineador, mesmo as 4 da manhã, queridos),irritada, estressada, faminta, com saldo negativo de namorado.
O que sucedeu posteriormente foi pior ainda, mas pelo menos fiz a final e passei na matéria. Ouvi um amém?
Porém parei para observar essa situação. Um dia antes desses acontecimentos o clima estava normal, sem sinais de chuva.
Não que as divindades tenham dado uma tempestade só para me ver em um estado caótico...ou talvez tenham.
O caso é que essa é mais uma daquelas ironias da vida.
Era como se um escritor criativo tivesse acompanhando e dirigindo a minha trajetória.
Meu irmão foi me levar na rodoviária as 4 da manhã. Pegamos uma chuva tão pesada que ao chegar na escadaria da rodoviária eu tirei meu tênis e não sabia se havia mais água dentro dele ou na calçada (não há doses se exagero nesse fragmento).Entrei no ônibus tão encharcada que nenhum dos passageiros quis se sentar ao meu lado.
Era uma típica cena de comédia norte-americana: eu, descabelada, encharcada, delineador borrado (claro que não saio de casa sem delineador, mesmo as 4 da manhã, queridos),irritada, estressada, faminta, com saldo negativo de namorado.
O que sucedeu posteriormente foi pior ainda, mas pelo menos fiz a final e passei na matéria. Ouvi um amém?
Porém parei para observar essa situação. Um dia antes desses acontecimentos o clima estava normal, sem sinais de chuva.
Não que as divindades tenham dado uma tempestade só para me ver em um estado caótico...ou talvez tenham.
O caso é que essa é mais uma daquelas ironias da vida.
Comecei a enumerar mil e uma ironias que acontecem no nosso cotidiano e que nos prejudicam muito, e sempre parece que tem alguém la de cima de divertindo com a bagunça toda, né? Não que tenha mesmo.
Quando aquela sua prima marca o casamento de dia com vestido de calda e comicamente nesse dia cai o mô pé d'água; Quando aquele casal deseja muito ter uma menina e em todas as gestações a moça só tem meninos; Quando tem 04 pessoas apaixonadas por você, mas você se enamora justamente por uma quinta que tá pouco de lixando pra você; Quando você evita todos os lugares que pode encontrar uma suposta pessoa indesejada e acaba dando de cara com ela no lugar mais improvável do mundo; Quando você quer muito passar no vestibular, mas nunca passa. Daí decide ligar o 'foda-se', pára de virar noites estudando e acaba passando meio que 'sem querer'.
Quando aquela sua prima marca o casamento de dia com vestido de calda e comicamente nesse dia cai o mô pé d'água; Quando aquele casal deseja muito ter uma menina e em todas as gestações a moça só tem meninos; Quando tem 04 pessoas apaixonadas por você, mas você se enamora justamente por uma quinta que tá pouco de lixando pra você; Quando você evita todos os lugares que pode encontrar uma suposta pessoa indesejada e acaba dando de cara com ela no lugar mais improvável do mundo; Quando você quer muito passar no vestibular, mas nunca passa. Daí decide ligar o 'foda-se', pára de virar noites estudando e acaba passando meio que 'sem querer'.
E esse é o palco da vida. Vivemos repletos de ironias, onomatopeias, antíteses e tantas outras figuras de linguagem, que no dia a dia são mais do que realidade na vida de cada um de nós.
E assim vamos escrevendo nossa história, mesmo que não agrade a platéia.
(O irônico é que eu juro que tinha muito mais coisa para escrever aqui, mas sumiu...)
Laryssa Carvalho nasceu em
uma cidade onde ser irônica
é questão de sobrevivência.
é questão de sobrevivência.
Marcadores:Geral,Hanna Liz,Laryssa Carvalho,Post Pessoal
Novidades
Arquivo do blog
Yuri Moreira Design. Tecnologia do Blogger.